Mais antiga estrela conhecida no Universo é descoberta por astrônomos australianos

Ivan de Souza 17.4.15

A recém-descoberta estrela é de cerca de 13,6 bilhões de anos e localizado cerca de 6.000 anos-luz de distância da Terra. Isso significa que ela foi formada apenas alguns milhões de anos após o Big Bang, que teria ocorrido há cerca de 13,8 bilhões anos atrás.
 A estrela mais antiga descoberta por uma equipe liderada pelo Dr. Stefan Keller com o telescópio SkyMapper. Foto:. Space Telescope Science Institute 


A estrela foi descoberta dentro de nossa própria galáxia. O principal investigador da equipe da descoberta, o Dr. Stefan Keller, descreve a descoberta como "uma em 60 milhões de oportunidades."

Keller disse à Reuters: "É o que nos dá uma visão sobre o nosso lugar fundamental no universo. O que estamos vendo é a origem de onde todo o material em torno de nós que precisamos para sobreviver veio". Ele ainda acrescentou: "Esta é a primeira vez que inequivocamente ter sido capaz de dizer que temos material da primeira geração de estrelas", disse Keller. "Estamos indo para sermos capazes de colocar essa peça do quebra-cabeças em seu lugar certo."


A estrela tem referência de catálogo de SMSS J 031.300,36-670839,3. Acredita-se será formada, em sequência de uma supernova primordial. A idade da estrela foi determinada a partir de uma análise do seu conteúdo de ferro.

Havia nada no Universo após o Big Bang, exceto hidrogênio, hélio e traços de lítio. Todos os elementos pesados ​​que vemos hoje (incluindo ferro) foram forjados nas estrelas e supernovas. 'Modernas' estrelas são criadas a partir da matéria ejetada de múltiplas explosões de estrelas e contêm muitos elementos diferentes. Composição das estrelas mais velhas são muito mais simplistas.

"O nível de ferro do Universo aumenta com o tempo como as gerações sucessivas de estrelas se formam e morrem", explicou Keller à AFP. "Nós podemos usar a abundância de ferro de uma estrela como um 'relógio' e qualitativamente nos dizer quando a estrela foi formada."

"No caso da estrela temos anunciada, a quantidade de ferro presente é menor que um milionésimo do Sol e um factor de, pelo menos, 60 vezes menos do que qualquer outra estrela conhecida. Isso indica que a nossa estrela é a mais antiga encontrada", acrescentou Keller.

Presença extremamente baixa de ferro em SMSS J 031.300,36-670839,3 sugere que a estrela foi formada com uma explosão relativamente baixa de energia. Esta é uma descoberta inesperada que sugere que as primeiras supernovas foram muito mais variadas na sua energia do que se pensava anteriormente.

Esta supernova de baixa energia pode ajudar os cientistas a entender uma das discrepâncias entre atual modelo do Big Bang e as observações do Universo - especialmente a escassez do elemento lítio.

Falando ao The Register, o Dr. Keller disse que o lítio (Li) foi criado durante o Big Bang, mas a maior parte foi desaparecerecendo ao longo do tempo pelas reações nucleares que ocorrem em estrelas. No entanto, a quantidade de lítio no Universo não combina com o atual modelo do Big Bang e da cosmologia e estes é uma lacuna na compreensão atual sobre esta matéria.


Esta mais recente evidência de supernovas de baixa energia dá uma pista para resolver este paradoxo de lítio. Presença de menos ferro na recém-descoberta estrela sugere que os primeiros estrelas eram enormes e queimaram mais de lítio do que se pensava anteriormente.

"Elas queimam o lítio, em seguida, elas explodem, e não emitem muito ferro", explicou Keller. "Isso nos ajudam a trazer a abundância de lítio em linha com o que a teoria do Big Bang prevê."

Esta nova descoberta foi publicado na última edição da revista científica bem conhecido Nature.

Pesquisador, entusiasta da ciência, e divulgador cientifico. Autor de vários sites e blogs de Ciencia, entre eles o Astrumphyca.org.. Ateu, é defensor fervoroso do secularismo na educação e na politica.

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