Astrônomos descobriram muitos exemplos desse fenómeno, conhecido como "lente gravitacional". Lente gravitacional é mais do que apenas uma ilusão cósmica. Em vez disso, a lente gravitacional fornece aos astrônomos uma forma de sondagem de galáxias e grupos de galáxias extremamente distantes de uma forma que diferente desta seria impossível, mesmo com os telescópios mais poderosos.
Os últimos resultados do grupo de galáxias "Gato de Cheshire" mostram como manifestações da teoria centenária de Einstein pode levar a novas descobertas hoje. Astrônomos deram ao grupo este nome porque, para muitos, ele se parece com o gato sorridente da famosa história de 'Alice no País das Maravilhas'. Em uma reviravolta que talvez Lewis Carroll poderia apreciar.
Algumas das características felinas neste Gato Cheshire cósmico são na verdade galáxias distantes, cuja luz foi esticada e curvada pelas grandes quantidades de massa no sistema. Os astrónomos estudaram o gato de Cheshire em luz óptica de telescópios como o Telescópio Espacial Hubble e do Observatório Gemini em Mauna Kea. Eles também usaram o Observatório de Raios-X Chandra para estudá-lo à luz de alta energia.
Os raios-X de Chandra revelam gás entre as galáxias que foi aquecido a milhões de graus. Este gás super quente trás evidências de que os dois olhos do gato de Cheshire, e as pequenas galáxias que lhes estão associados, estão correndo em direção à outra em velocidades muito altas. Na verdade, os astrônomos estimam que estas galáxias irão se fundir em cerca de um bilhão anos.
Dados de raios-X mostram também que o "olho" à esquerda do grupo Gato de Cheshire contém um buraco negro supermassivo se alimentando ativamente no centro da galáxia. Os cientistas vão continuar a estudar este sistema e outros como ele para explorar de todas as maneiras a teoria de Einstein de um século atrás e que ajuda a explicar a nossa visão do Universo hoje.
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