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Dois planetas destinados a morrer devido a expansão de sua estrela

Você sabe como o nosso sol um dia vai inchar a uma gigante vermelha, engolindo os planetas Mercúrio e Vênus? Estes dois exoplanetas distantes vão sofrer um destino semelhante.

Na concepção do artista, o mundo Kepler-56b está sendo condenado,desfiado e consumido pelo envelhecimento de sua estrela hospedeira. Crédito: David A. Aguilar (CfA)


Sabemos há décadas que o nosso sol vai inchar um dia em uma estrela gigante vermelha, engolindo os planetas interiores Mercúrio e Vênus e talvez a Terra. Isso vai acontecer em bilhões de anos a partir de agora. Mas o nosso sistema solar não é o único destinado a perder planetas à sua estrela de envelhecimento. Os astrônomos dizem agora sabem de dois exoplanetas distantes - Kepler-56b e Kepler-56c - que serão engolidos por sua estrela em um tempo relativamente curto, em uma escala de tempo astronômico. As suas extinçoes virá em 130 milhões e 155 milhões de anos, respectivamente. O principal autor Gongjie Li, do Centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica (CfA) apresentou esta pesquisa ontem (02 de junho de 2014) na reunião em Boston da American Astronomical Society , que está acontecendo agora. Ela disse:

Tanto quanto sabemos, esta é a primeira vez em que dois exoplanetas conhecidos em um único sistema tem um tempo previsto de morte.
A estrela Kepler-56 está se tornando uma estrela gigante vermelha agora. Ela já subiu para quatro vezes o tamanho do nosso sol. À medida que continua a idade, ele vai continuar a se expandir mais e mais para fora. Não só a estrela vai crescer, mas suas marés gravitacionais vão ficar mais forte, arrastando esses mundos distantes para dentro, para a sua eventual condenação.

Ambos Kepler-56b e Kepler-56c são muito mais perto de sua estrela do que Mercúrio. O primeiro planeta que orbita sua estrela em apenas 10,5 dias, e o segundo órbita a cada 21,4 dias. Os dois planetas serão submetidos a imenso aquecimento da estrela. As suas atmosferas irão começar a ferver, e os próprios planetas serão esticados em formas de ovos pela gravidade de sua estrela.

O único sobrevivente conhecido neste sistema solar distante será Kepler-56d, um planeta gigante gasoso que circunda em uma órbita de 3,3-Anos-Terra.

Leia mais sobre as mortes pendentes destes dois exoplanetas, através de Harvard CfA

Grande explosão estelar iluminará o céu nas próximas semanas

"É uma oportunidade excelente para a frota de naves espaciais que temos e para os observatórios na Terra"

Foto: UCL - Londres

Uma explosão estelar excepcionalmente próxima da Terra vai iluminar o céu nas próximas semanas.

A explosão da supernova será na Messier 82 (M81), uma galáxia irregular localizada a cerca de doze milhões de anos-luz (aproximadamente 3,679 megaparsecs) de distância na direção da constelação de Ursa Maior. A Galáxia do Charuto, chamada assim devido ao seu formato. O local oferecerá uma oportunidade única para se estudar uma supernova.

A descoberta, no entanto, foi feita por acaso. Steve Fossey, um astrônomo do University College de Londres (UCL), da Grã-Bretanha, descobriu a supernova com um pequeno telescópio de 35 centímetros.

"Estávamos fazendo uma observação há uma semana com estudantes do UCL e, em uma das imagens que conseguimos, de curta exposição, pudemos ver este ponto brilhante de luz na imagem da galáxia. Imediatamente nos demos conta que isto era uma supernova, a explosão de uma estrela", disse Fossey à BBC.

Fossey consultou colegas de outros observatórios e confirmou a descoberta. A União Astronômica Internacional catalogou a supernova como SN2014J.

A supernova é tão brilhante que poderá ser vista com telescópios domésticos de boa qualidade ou até mesmo com binóculos, quando atingir o ponto máximo de seu brilho, algo que deve ocorrer dentro de uma semana.

Junto com observadores do mundo todo, Fossey já se prepara para recolher informações e aprender tudo o que puder enquanto a supernova for visível no céu.

Uma grande oportunidade

O astrônomo explicou que esta galáxia, "em particular, é incomum e está muito próxima; uma supernova tão próxima como esta provavelmente ocorre uma vez em décadas".

"É uma oportunidade excelente para a frota de naves espaciais que temos e para os observatórios na Terra", acrescentou Fossey.

A supernova da Galáxia do Charuto, na constelação de Ursa Maior, permanecerá brilhante por cerca de um mês e os cientistas querem aproveitar ao máximo a possibilidade de conhecer todos os segredos desta galáxia.

"Um dos modelos aceitos é que ela tem o que chamamos de uma anã branca, que efetivamente é uma estrela como o Sol e que está na fase final de sua vida, inerte e quente, uma estrela que tem uma companheira binária, uma amiga, atraindo material dessa amiga e ficando maior e mais quente até que se detona a uma temperatura crítica e explode em pedaços", explicou o astrônomo.

"Com estas naves no espaço, podemos observar a onda expansiva deste material, desta explosão, ao impactar no material que há a seu redor, incluindo sua companheira. E esta é a chave, precisamos compreender a companheira", acrescentou Fossey.

O cientista afirma que esta poderia ser uma estrela como o Sol ou este poderia ser um outro tipo de evento espacial, que incluiria duas anãs brancas.

Para o cientista, compreender estes "estalos estelares" pode levar à resolução de outros mistérios, pois as "supernovas são faróis de luz".

Além de ajudar a compreender o processo de morte de uma estrela, as supernovas são muito importantes pela luminosidade, que permite medir com precisão as distâncias entre as galáxias do universo, disse Fossey.

O cientista afirmou que os astrônomos estão vivendo semanas de "atividade furiosa" com os instrumentos ópticos espaciais e terrestres apontando para a direção da galáxia, para acompanhar este processo e conseguir toda a informação possível sobre o brilhante fim desta estrela.

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